Calma preguiçosa

Estou escrevendo o artigo sobre o Cocteau Twins para a MusicZine. A coisa simplesmente não rende.. Nao sei o que dizer, como dizer, já que não há o que ser dito. Simplesmente o Cocteau é uma das bandas mais belas de todos os tempos, com algumas das músicas mais belas de todos os tempos. Lazy Calm é algo que sempre me emociona e que sempre me faz sentir como que parado do lado de um riacho correndo no meio da mata. É incrível como eu sou transportado para outros lugares. Só que isso sou eu: não dá para dizer que é uma regra geral, que todos sentem a música da mesma forma. É simplesmente uma questão de gosto, e assim não tenho como botar no artigo o que eu sinto quando ouço eles. É, tô meio perdido. No fim das contas estou fazendo um apanhado histórico, torcendo para alguém ler aquilo e se sentir motivado para procurar as músicas deles no Napster.

E enquanto não consigo terminar o artigo (é para ser entregue ainda hoje), vou até a cozinha beber água, e na volta fico admirando aminha namorada na minha cama. O ar sereno dela, ali deitada, é simplesmente lindo. Tenho vontade de ficar parado ali, olhando ela respirando suavemente, parecendo uma menininha indefesa, durante horas e horas. Na verdade, fico me perguntando por que não deixo essa droga de artigo de lado e não me deito ali com ela, sentindo ela perto de mim. É bom sentir tal proximidade… Aliás, tenho que falar sobre onde almoçamos hoje: quem estiver em Porto Alegre não deixe de ir no Atelier de Massas. Fica na Riachuelo 1482. Simplesmente divino. Como são boas essas coisas: a companhia de uma pessoa que a gente gosta muito, um bom vinho, uma comida maravilhosa. Até voltar depois pra São Leopoldo de Trensurb levando sol na cara se torna algo agradável nessas horas.

Mas quer saber? Termino o artigo amanhã. Tenho uma caminha me esperando, com uma pessoa muito querida lá… Boa noite.

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